2 de maio de 2010

Mala de quitutes

Quando viajo, meu dilema sempre são as malas. Sei que é uma coisa que precisa ser trabalhada, apesar de já ter certa experiência com viagens. Foi lendo um post do blog da minha xará rapha no mundo sobre o assunto que me lembrei de um episódio que passei, mas não necessariamente “a cruel dúvida do que levar” e sim “levar encomendas”. Há um tempo, viajei para visitar minha prima peruana e conhecer a terra dos incas. Levei duas malas: uma mediana e outra grande. Até ai, tudo bem. A grande estava com minhas roupas e reservei a mediana para colocar os sapatos e para trazer os souvenires de viagem. Só que o uso na ida não foi bem assim...

Como minha prima peruana pouco vem pelas bandas de cá, a mãe dela sempre leva alguns quitutes brasileiros e pernambucanos na mala quando vai visitá-la. Dessa vez, ela me pediu para levar algumas coisas: Guaraná Antártica, farinha de mandioca, passoquita, flocos de cuscuz, entre outras coisas que não me lembro agora. Acho que, somando tudo, eram uns 10 quilos de quitutes locais. O problema é que tinha uma história de não poder levar esse tipo de coisas na mala, acho que por alguma legislação, que não tinha conhecimento, da vigilância sanitária peruana, enfim.

- Mas não se preocupe. Sempre levei e nunca tive problemas. Quando você desembarcar, terá que passar por uma triagem, apertando um botão. Se acender a luz verde, você pode passar. Acendendo a vermelha, terá que passar por averiguação. Comigo, sempre foi luz verde. – explicou a mãe da minha prima peruana.

Aceitei levar, porém sabia que essa história de luzes verde e vermelha não ia dar nenhum pouco certo comigo. Embarquei tranquilamente e, quando estava para chegar, precisava preencher uma ficha de imigração. No papel, dizia que era proibido transportar comida e tal. Logo pensei: “Que legal! Vamos lá!”. Ao chegar, passo pelo processo de desembarque internacional peruano mostrando meu passaporte. Diferente da experiência portuguesa, o funcionário lá mal olhou para minha cara e nem me perguntou absolutamente nada, apenas pegou meu passaporte, carimbou e me devolveu o documento.

Depois desse rápido processo de imigração, fui buscar minhas malas na esteira de bagagens. Sigo até a tal triagem, onde as pessoas apertavam o botão. Parei a certa distância e fiquei observando todo o processo. De fato, poucos acendiam a luz vermelha. Respirei fundo e segui em frente. Arrastando as duas malas, paro na frente do equipamento e aperto o tal botão. Sabe qual luz que acendeu? Claro e óbvio, a VERMELHA!

Uma moça do aeroporto que estava controlando a passagem lá pediu para me dirigir até um local onde teria que passar as malas no aparelho de raios-X. Foi ai que tremi na base e fiquei super nervosa. “Estou lascada!”, pensei. Quem operava a máquina era um homem com aquela cara padrão de peruano e nem um pouco simpático. Ele me pediu para colocar as malas na esteira e pegar do outro lado da máquina. Depois de alguns segundo de silêncio observando minhas malas no aparelho de raios-X, o peruano pergunta bem sério:

- Qual foi o seu voo?
- TAM, voo... é... do Brasil! – respondi toda desajeitada e nervosa, já que tinha ciência de estar fazendo uma irregularidade.

Novamente, silêncio. Esperei o pior diante daquela cena. Logo, me veio à cabeça ele dizendo: “Por favor, abra a mala!”. Para minha surpresa:

- Pode retirar as malas. – disse o peruano.

Não pensei duas vezes. Retirei as malas da esteira e sai o mais rápido que podia discretamente, com medo dele desistir e me chamar novamente. Quando encontro minha prima peruana, escuto:

- Danousse, menina! Para quê tanta mala?!?
- Ah, minha filha, nem me pergunte!

4 comentários:

Larissa disse...

Puta que pariu...... mae é foda hein, fia!! Me desculpo por ela!! Hahahaha, mas esses deliciosos quitutes nao poderiam ficar no aeroporto de jeeeeeeeeeito nenhum!! Eita comidinha boa essa nossa, viu, vou te dizer!!
Bom, acho que é hora de liberar minha mae da culpa e que voce cologue logo outro post da sua mala na volta!! E da minha qdo eu fui pra Recife logo depois de vc!! Essa IncaCola "tan apreciada" pela Dona Joana!! Hahaha

Rafaela Aguiar on 3 de maio de 2010 às 17:25 disse...

Eu sei, eu sei! Não a culpo de forma alguma, até porque aproveitei alguns dos quitutes quando estava por lá! E levaria de novo quando fosse outra vez, mas a história de luzes verde e vermelha... Surreal!! uhuhuhuhuhu... De fato, a minha mala da volta também estava cheia de quitutes, mas peruanos!! *.*

Rapha Aretakis on 10 de maio de 2010 às 08:55 disse...

Cara, eu até que queria trazer um feijãozinho e talecousa, mas depois de ler teu post o negocio miou! Po, faz uma semana que to fora só e já sinto falta de feijão! o tal do pobre é uma merda mesmo! O povo aqui só come porco, batata, repolho e cerveja hahahhaha vou voltar renatinha pra casa!

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKKKKK Tens bastante sorte nas viagens, hein?!

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